segunda-feira, 23 de maio de 2011

Eleição para os delegados ao 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes na UNI BH

Reinventar a UEE
Vote chapa 2 Reinventar

QUEM SOMOS?

O Movimento Reinventar é um coletivo de estudantes que nasceu com o objetivo de imprimir uma atuação diferente no Movimento Estudantil, prezando pelo diálogo e com independência em relação a partidos e governos. Entendemos que movimento estudantil se faz a partir dos interesses dos estudantes, na defesa da educação, das melhorias no cotidiano dentro das nossas universidades e conectado com as grandes causas nacionais, como a garantia de direitos e a defesa da soberania nacional. Essas lutas se dão a partir do fortalecimento das entidades que compõem toda a rede do Movimento Estudantil: DA’s, Conselhos de DA’s, DCE’s, UEE e UNE. Queremos, com a sua ajuda, construir um movimento que resgate a capacidade de atrair mais jovens para transformar o Brasil, longe da arrogância de determinadas “frentes” e “grupos” que se põem à frente como os “donos da verdade”.

Chegou a hora de REINVENTAR a UNE e a UEE

Que eleição é essa?

Nos meses de junho e julho, acontecerão dos importantes congressos estudantis: da UEE – MG (União Estadual dos Estudantes) e da UNE (União Nacional dos Estudantes). Essas são as entidades máximas de representação dos estudantes universitários em nível estadual e nacional, respectivamente. De dois em dois anos, esses congressos além de eleger a nova diretoria das entidades, servem também para definir as bandeiras que irão pautar as ações da próxima gestão. Esta eleição irá escolher os delegados que irão representar os estudantes da UNI-BH nestes importantes congressos.

UNE

Com certeza muitos estudantes não conhecem ou apenas já ouviram falar da UNE (União Nacional dos Estudantes). É a entidade que representa todos os estudantes universitários do nosso país. A UNE tem 73 anos de história, é a maior entidade do Movimento Social Brasileiro e que teve importante papel na história do país, na campanha O Petróleo É Nosso, contra a ditadura militar e nas Diretas Já!, pelo Fora Collor, dentre outras mobilizações na luta por uma sociedade justa e pelos direitos dos estudantes por uma educação de qualidade.

UEE

A UEE-MG (União Estadual dos Estudantes) foi reconstruída há pouco mais de 10 anos. É ou pelo menos deveria ser a entidade máxima de representação dos estudantes universitários de Minas Gerais. Embora em conjunto com a UNE e demais entidades do Movimento Estudantil e a UEE tenha participado recentemente de momentos importantes como as mobilizações por um novo Plano Nacional de Educação e a defesa de 10% do PIB para a educação e do Fundo Social do Minério para a educação – a UEE MG é uma entidade apagada, corrompida pela disputa interna de poder, com uma enorme desorganização e com anos de gestão de um mesmo grupo majoritário na sua condução, o mesmo grupo ligado à Chapa 1. A entidade realizou na última gestão apenas uma reunião de sua diretoria plena, não tem sede, não faz prestação de contas, não tem uma política de comunicação eficiente, não consegue representar de fato e ser referência aos estudantes universitários de Minas Gerais.

Porque queremos reinventar a UEE?

A UEE é uma entidade histórica e que tem um papel importante para com a nossa sociedade, na organização dos estudantes e na luta pela educação, na defesa de direitos e da soberania do nosso país. Queremos construir uma UEE em que os estudantes se sintam representados de fato. Precisamos resgatar a nossa entidade, organizar um movimento estudantil independente, autônomo, combativo e em defesa dos interesses dos estudantes, e que acima de tudo que se comprometa a cumprir um papel determinante, ou seja, de ser uma entidade que retome o sentimento de participação e censo critico que é tão presente na nossa juventude, mas que por grande influência do descrédito em nossos governantes se tornaram apáticos no processo político. Queremos uma UEE sintonizada com os reais anseios da juventude, promovendo a cultura, o esporte, a vida acadêmica e a constante organização estudantil.

Para Reinventar o Movimento Estudantil, defendemos:

• Independência da UEE e UNE perante aos partidos e governos
• Por mais democracia interna nas entidades
• Por uma política de comunicação que aproxime os estudantes das entidades
• Pela conquista da sede da UEE
• Mais clareza nas finanças da UEE - prestação de contas já!
• Realização do festival de cultura da UEE
• Integrar o DCE da UNI BH nas atividades da UEE e UNE

E para a Educação:

• Que a UNE e a UEE intensifique as mobilizações em torno do novo Plano Nacional de Educação. Sem financiamento adequado não há avanços na educação, 10% do PIB já!!
• Que a UNE e a UEE liderem uma grande campanha Pela Regularização do Ensino Superior Pago: contra o aumento abusivo de mensalidades
• Pelo novo marco regulatório para a mineração e criação do Fundo Social do Minério para a Educação.
• Pela estadualização da UEMG, transformando-a em uma universidade de peso e com amplo investimento em Ciência e Tecnologia
• Plano Nacional de Assistência Estudantil Já!

O que mais defendemos:

• Somos bastante críticos à proposta do novo Código Florestal
• Auditoria da Dívida Pública Já!
• Redução da jornada de Trabalho para 40 horas semanais + emprego pra juventude
• Fim do 14° e 15° salário dos deputados

Esta chapa foi idealizada pelo Movimento Reinventar. Não escondemos nossa cara e não nos furtamos em defender autonomia do movimento estudantil perante aos partidos e governos. Em nossa opinião, governos que conquistam avanços para a educação não fazem mais do que sua obrigação. No entanto, se caminham na contramão do avanço, ai não há quem nos cale! O que queremos é inundar as universidades de consciências esclarecidas, dispostas a defender um país melhor com a força da Juventude.

“só nos resta a esperança de uma reversão radical que devolva aos brasileiros a ousadia de tudo repensar para reinventar o Brasil que queremos”
Darcy Ribeiro

Faça parte do Movimento Reinventar Acesse:
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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Eleições para Delegados ao 52º CONUNE na FUMEC



Eleições de delegados ao 52º Congresso da UNE. Chapa organizada pelos Movimentos Mudança, Transformar sonho em Realidade (UJS) e DS Kizomba, fecha a urna no turno da tarde e proibe estudantes de votar nas eleições para o CONUNE.

Resultado Final das Eleições
Chapa 1 UJS, DS e Mudança 211 votos
Chapa 2 Reinventar e Rebele-se 389 votos



É por essas e outras atitudes ainda mais baixas que somos oposição a UJS em Minas Gerais!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Defender a Equiparação dos Royalties do Minério ao do Petróleo - Questão de soberania


No dia 12 de maio, no plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais - ALMG, foi realizada uma audiência pública com a finalidade de se estabelecer uma PEC que cria o  Fundo Social do Minério, para serem investidos em áreas sociais, principalmente na educação.

Nós consideramos uma bandeira extremamente justa, dado o descaso com o financiamento da educação por parte tanto do Governo Federal quanto do Governo Estadual, que não cumpre corretamente os 25% de seu orçamento para a educação, além de não cumprir o piso salarial do professor.

Acontece que a bandeira do fundo social de nada valerá se o eixo principal da luta não for pela revisão da compensação financeira que as empresas mineradoras pagam pela exploração do minério - os chamados Royalties. Dados oficiais mostram que a alíquota dos Royalties do minério é equivalente a 2% sobre o lucro líquido das companhias mineradoras, enquanto a do petróleo é de 10% sobre o faturamento bruto das petroleiras.

Vale destacar ainda, a "colher de chá" que o governo concede às mineradoras, através da lei Kandir que isentou as empresas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS, imposto que mais arrecada para os cofres públicos estaduais.

Como se não bastasse o dano causado aos cofres mineiros, temos ainda outros fatores bastante preocupantes que devem ser considerados, como as condições de trabalho oferecidas aos empregados das grandes mineradoras. Estes não possuem uma política de salubridade adequada, e é sem dúvidas algo que deve estar na pauta de discussões.

Em Araxá, por exemplo, temos uma das maiores taxas de câncer do Brasil, provocados pela exploração do Nióbio, que é um mineral diferenciado utilizado na construção de alto fornos e indústria de ponta, e sua exploração se dá através de processos químicos que deixam poeira radioativa suspensas no ar, causando grandes danos à saúde do população daquela região.

Outro ponto importante a se destacar é que, a exploração mineral causa danos irreparáveis ao meio ambiente, depois de "parasitarem" nossos recursos naturais, "maqueiam" a degradação com plantio de eucalipto, o que torna a situação ainda mais preocupante.

Assim nós do Movimento Reinventar, defendemos uma nova Lei Mineral, que esteja alinhada a reparação de anos de descaso aos cofres públicos, ao meio ambiente e ao povo das Minas Gerais.
Defendemos um Fundo Social que tenha recursos reais para revolucionar a educação, trazendo benefícios para todas as áreas de interesse social.

Assim propomos:

  • Pela equiparação dos Royalties do Minéiro aos do Petróleo;
  • Pela reestatização da Vale do Rio Doce;
  • Pelo Fundo Social do Minério;
  • Pelo Fim do Monopólio da CBMM;

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Audiência Pública pelo Fundo Social do Minério





Acontece hoje na Assembléia Legislativa de Minas Gerais uma reunião conjunta da Comissão de Minas e Energia; Comissão de Participação Popular e Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia (Auditório) - debater a destinação dos recursos referentes à cota-parte do Estado na Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, para a área de educação e desenvolvimento social. Convidados: secretário de Estado da Fazenda, Leonardo Maurício Colombini; secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães Chaves; secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Almeida Gazzola; secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, deputado federal Nárcio Rodrigues; presidente do Movimento pelos Royalties do Minério, Luiz Begazo; presidente da União Colegial de Minas Gerais, Péricles Francisco dos Santos; Vice presidente da União Estadual dos Estudantes, Robson Bruno Lacerda;. Requerimento: deputados Rogério Correia, Alencar da Silveira Jr., Luiz Carlos Miranda e Sargento Rodrigues e deputada Liza Prado.



Abaixo postamos uma matéria veiculada no Jornal Valor Econômico que nos dá subsídios do quanto é importânte é este debate para o povo mineiro.

Mineração X Petroleo

Há uma grande diferença entre os 2% pagos pelas mineradoras e os 10% pagos pelas petroleiras.

Muito tem se falado nos últimos meses a respeito de um inevitável aumento dos royalties da mineração. Em palestra no 14º School of Mines, realizado no Rio de Janeiro, o analista sênior de mineração do Santander Research, Felipe Reis, destaca que o cenário mais provável é de alta, seguindo a tendência internacional. Na Austrália, já houve um aumento de 30%; no Chile, está em exame no congresso um reajuste de 4% para 9% dos royalties cobrados das mineradoras privadas.
Em matéria publicada no Valor, Anderson Cabido, prefeito de Congonhas, cidade histórica de Minas Gerais, reforça essa posição e afirma ser injusta a alíquota dos royalties do minério, equivalente a 2% sobre o lucro líquido das companhias mineradoras, enquanto a alíquota do royalty do petróleo é de 10% sobre o faturamento bruto das petroleiras. Cabido, que também está à frente da Associação Nacional dos Municípios Mineradores (ANMM), oferece como exemplo dessa injustiça o fato da cidade de Macaé, no Estado do Rio de Janeiro, ter recebido R$ 1,1 bilhão em royalties do petróleo em 2009, enquanto todos os municípios mineradores do país terem apurado juntos R$ 1,08 bilhão em royalties do minério.
Apesar de usar a alíquota de 10% do petróleo como paradigma de um inevitável aumento dos royalties do minério, Cabido não pleiteia um tratamento igualitário para ambos os produtos minerais, petróleo e minério. A proposta dos prefeitos é de um aumento de 2% a 4% da receita bruta da mineração, e não de 2% para 10%, como seria coerente, segundo seu raciocínio comparativo entre petróleo e minério.
Na outra ponta desse debate encontram-se as mineradoras, que defendem a manutenção em 2% dos royalties da mineração, sob alegação de que um aumento poderia comprometer a competitividade do minério brasileiro no exterior.
Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o problema não é isoladamente a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, ou royalty do minério, mas o total dos tributos que incidem sobre os minérios, cuja exportação, a propósito, é isenta de ICMS.
A exploração petrolífera ocorre a quilômetros da costa, já a mineral engole montanhas, assoreia rios e seca nascentes.
Tamanho ativismo de ambas as partes, a favor ou contra o aumento dos royalties da mineração, parece ignorar aspectos importantes que impactam diretamente na população dos Estados e municípios produtores. Primeiramente, deve-se observar que a mineração é um setor de enorme rentabilidade.
No Brasil, as duas principais empresas de exploração de recursos naturais, petróleo e minério de ferro, são, respectivamente, a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) e a Cia. Vale S/A (Vale). No período de janeiro a setembro de 2010, o lucro líquido da Petrobras foi de R$ 24,588 bilhões, enquanto o da Vale foi de R$ 20,068 bilhões. Levando-se em consideração que a Petrobras ainda exerce quase um monopólio na produção de petróleo e gás natural e que a Vale é responsável por cerca de 40% do valor da produção mineral brasileira, conclui-se que o lucro líquido do setor de mineração é superior ao lucro líquido do setor de petróleo e gás natural.
O descompasso entre os royalties do petróleo e os do minério fica ainda mais evidente se considerarmos o fato de que a exploração petrolífera ocorre a quilômetros da costa e distante das populações que vivem no continente, enquanto a exploração mineral engole montanhas, seca nascentes, assoreia rios, destrói estradas com seus caminhões cada vez maiores e mais pesados, e requer uma infraestrutura maior nas regiões minerais.
Esse descompasso demonstra claramente que a tese a ser defendida é de um tratamento igualitário entre petróleo e minério, com a equiparação dos royalties desses bens naturais não renováveis, que são regidos pelo mesmo artigo 20 da Constituição.
Outro aspecto importante a ser observado é o fato de que com tamanha rentabilidade, dificilmente um aumento, digamos, de 2% para 10% da alíquota dos royalties do minério, comprometeria a competitividade do minério brasileiro. Afinal, para abastecer os seus carros a população paga uma das gasolinas mais caras do mundo, um dos metros quadrados mais caros do mundo na hora de comprar um imóvel, assim como na hora de adquirir um veículo ou o pão nosso de cada dia. Portanto, seria improvável que as prósperas mineradoras teriam dificuldade em arcar com um royalty do minério reajustado para um patamar semelhante ao do petróleo, que ainda assim não seria o royalty mineral mais alto entre os paises produtores.
A boa notícia para as mineradoras está no dividendo social que esse aumento dos royalties do minério proporcionará à sociedade em geral, e aos Estados e municípios mineradores em particular. Após décadas como meros expectadores do que acontece em seu subsolo, esses estados e municípios finalmente terão a oportunidade de obter algo que faça jus à sigla CFEM, ou seja, uma Compensação Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais que realmente signifique uma compensação adequada, e contribua efetivamente para uma merecida melhoria da qualidade de vida da população desses Estados e municípios.

Valor Econômico - 7 de janeiro de 2011



terça-feira, 10 de maio de 2011

III ENCONTRO MINEIRO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

MANIFESTO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL

Há três anos todas as regiões do mundo vivem os efeitos da grave crise econômica que se abateu sobre a economia capitalista. Apesar da propaganda oficial de vários governos e da grande burguesia afirmar a superação da crise, a realidade mostra que ainda há impactos diretos na vida da classe trabalhadora, comO o retrocesso de direitos conquistados, nenhum aumento real nos salários, avanço da carestia de produtos de primeira necessidade, ataques aos serviços públicos, cortes de grande impacto nos investimentos sociais e a retirada de direitos dos trabalhadores e da juventude. Essa foi a cartilha aplicada em vários países do mundo.

O povo, por sua vez, tem respondido com inúmeras mobilizações e lutas contra essas medidas dos governos e contra a continuidade dos privilégios dos ricos. Lutas na Grécia, Itália, França, Espanha, Alemanha, Inglaterra, Tunísia, Iêmen, Egito, Bahrein, Líbia, Jordânia, Arábia Saudita, China, Chile, Equador, Porto Rico e mesmo os EUA encabeçadas pela juventude estão dando o tom da resistência dos povos.

Nos primeiros 100 dias do governo Dilma, as políticas adotadas vão na contramão dos interesses dos trabalhadores e da juventude que votaram contra o bloco demo-tucano. Em nosso País, o exemplo a ser seguido de mobilização, é a luta dos trabalhadores de Jirau e Santo Antonio que paralisaram as obras por melhores condições de trabalho, melhores salários e denunciamos aqui a criminalização do movimento feito pelo governo federal que mandou as tropas da força nacional para reprimir a luta dos trabalhadores.

O Governo Federal ainda anunciou um corte de R$50 bi do orçamento no dia 09/02/2011, atingindo em cheio as áreas sociais e, em especial a educação pública. Foram cortados do MEC, do MCT e da FINEP cerca de R$4,5 bi. Isso representa 10% do Orçamento de Custeio nas IFES, além dos 50% da Verba de Viagens e Estadia. Não contente, o Governo ainda elevou os juros para beneficiar ainda mais os banqueiros, decretou o cancelamento de todos os concursos públicos, dentre eles docentes e técnicos em educação, e quer privatizar os HUs com a MP 520, além da proposta de congelar o salário de todos os servidores públicos por 10 anos.

Isso tudo justo quando o ensino superior brasileiro vive um momento de expansão de vagas que, não é acompanhado pelo necessário aumento do investimento público em educação. Prova disso é que o orçamento da União destinou em 2009 apenas 2,88% para a educação, enquanto que, para o pagamento da dívida pública e para o financiamento dos banqueiros, foram usados 35,57% dos recursos totais previstos.

Nas instituições de ensino superior pagas, o que vivemos são a mercantilização do ensino, com altas taxas, aumento abusivo das mensalidades, salas lotadas, perseguição das lideranças estudantis, falta de democracia nos órgão de representação das universidades e nenhuma regulamentação.

No estado de Minas, vivenciamos uma política de maquiagem de Escolas supostamente “MODELOS”, um grande sucateamento da Universidade Estadual de Minas Gerais(UEMG), que nem de longe se compara com o exemplo de outras estaduais pelo Brasil e na maioria das unidades é cobra mensalidades dos estudantes. Outro dado alarmante é o fato do governo estadual destinar criar mais vagas nas cadeias do que na UEMG. Esse não é um modelo a ser seguido no Brasil.

A forma como vem sendo implementada em várias universidades o consórcio público anunciado pela Reitoria de sete Universidades Federais do Sul e Sudeste de Minas, sem debate junto com o Movimento Estudantil e as outras categorias, preocupa bastante os estudantes. Na UFSJ, por exemplo, o DCE-CEB vem tendo sua autonomia desrespeitada o que impede o debate e as decisões sobre o consórcio com a comunidade acadêmica.

Diante dessa realidade o Movimento Estudantil (ME) necessita de muita autonomia e combatividade para enfrentar e vencer essa situação.

As contradições geradas por essas medidas dos Governos têm gerado uma série de lutas que enchem de energia e esperanças os estudantes. Na UFMG, uma grande campanha pela assistência estudantil, contra a paralisação das obras do REUNI e os cortes no orçamento levaram mais de 600 estudantes para frente da Reitoria no dia 07 de abril. No CEFET, após o anúncio do MEC da demissão de 394 professores, em repúdio à negação da instituição em aderir ao projeto do IFET, os estudantes paralisaram as aulas e em seguida a principal Avenida de Belo Horizonte por quatro vezes em uma semana nos horários de pico.

Por conta das lutas, vários DCEs sofreram ofensivas de Reitores, Governantes e até mesmo a polícia. Longe de desmobilizar, essa repressão tem gerado ainda mais independência e combatividade.

Reunidos no 3° Encontro Mineiro dos Movimentos sociais, DCEs, DAs, CAs, Executivas de Curso, Movimentos e Correntes do ME mineiro e brasileiro apontam a necessidade de muita unidade, muita luta e uma integração em prol de um Brasil soberano e igualitário, de uma educação pública, gratuita, de qualidade, socialmente referenciada, e de um movimento estudantil autônomo. É estratégico para nossas grandes vitórias a curto, médio e longo prazo, reorganizar a rede do ME, criar DAs e CAs nas universidades, trazer mais DCEs para as lutas gerais e trazer de volta a UNE e a UEE-MG, há anos entregues à apatia, para o papel do coordenar a luta dos estudantes e a luta da juventude com independência em relação a governos e reitorias.

Além disso, apresentamos uma pauta de mobilizações que foram fruto do III Encontro Mineiro dos Movimentos Sociais e da realidade dos estudantes. Denunciamos a política elitista, do Governo Tucano, seus ataques aos direitos do povo mineiro e a repressão e criminalização dos Movimentos Sociais. Por isso chamamos para gritar bem alto em todo estado, pela liberdade dos meios de comunicação em MINAS. Nosso estado não quer CHOQUE, quer terra, trabalho, liberdade e EDUCAÇÃO! Não aos Cortes de Verba! Pela aplicação de 10% do PIB para educação! Não ao pagamento da Dívida Pública! Meio-passe no transporte para todos estudantes com dinheiro dos empresários e não ao aumento das tarifas. Destinação de R$1,5 bi para Assistência Estudantil! Não ao IFET! Pela transformação do CEFET-MG em Universidade Tecnológica Federal de Minas Gerais! Concurso Público para docentes e técnicos administrativo já! Pela estadualização da UEMG! Não ao Lucro na Educação! Contra o aumento das mensalidades e pela garantia de assistência estudantil aos estudantes do PROUNI! Pela reestatização das empresas privatizadas, em especial a VALE! Pelo monopólio estatal do petróleo e por uma Petrobras 100% Pública! Fim do veto ao Fundo Social do Pre-Sal! Por uma UNE e uma UEE-MG comprometidas com a luta dos/das estudantes e as necessidades de nosso povo!

É hora de uma grande caminhada rumo às nossas lutas! Mais do que críticas e análises vazias estamos praticando um exemplo de força, rebeldia, independência e combatividade que tem de ser irradiados por Minas e pelo Brasil.

“As palavras convencem, o exemplo arrasta!”

Assinam esse Manifesto:

DCE UFMG, DCE-CEB UFSJ, DCE UFV, DCE UNIFAL, DCE UFTM, DCE CEFET-MG, DCE UNA-BH, DCE UNA-Contagem, DCE STUART ANGEL, DCE ANHANGUERA, DCE FEAD, Movimentos REBELE-SE, RECONQUISTAR, REINVENTAR.
 



sexta-feira, 6 de maio de 2011

Começam as moibilizações ao 52º Congresso da UNE

Já estão a todo vapor as eleições de delegados ao 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes e de sua etapa estadual, o 42º congresso da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais. 
Além de renovar a diretoria das entidades estes congressos irão nortear suas ações  na defesa de uma educação transformadora e de qualidade, focando no financiamento e por um PNE a serviço do Brasil. 
Em Minas Gerais o foco central das discussões se darão em torno da gratuidade da UEMG, o consórcio universitario do Sul e Sudeste de Minas e por um novo marco regulatório do setor mineral priorizando a criação de um fundo social com recusros oriundos da mineração para serem aplicados nas áreas sociais.
O Processo de eleição dos representantes acontece através de eleições diretas em cada universidade utilizando o seguinte critério, 01 representante para cada 1000 alunos matriculados para o CONUNE e 01 representante para cada 500 pra a etapa estadual, o CONUEE. Para que o estudante possa se eleger delegado aos congressos é necessário primeiramente que o DCE da universidade esteja credenciado no site da UNE www.une.org.br, no caso de não haver DCE na IES é preciso o credenciamento de uma comissão eleitoral de 10 alunos que será cadastrada no site, após habilitada a comissão, ela deve publicar os editais e compreender um periodo de 03 dias para inscrissão de chapas e 03 dias para campanha, para então se fazer a eleição, o número de delegados eleitos por cada chapa observará o criterio de proporcionalidade simples.
Para maiores informações sobre como participar dos congressos entre em contato conosco através do email reinventarmg@yahoo.com.br ou pelos telefones 31 9601-2449, 31 9712-5172.